Características da População Europeia
Em 2010, a população absoluta da Europa superava a casa dos 735 milhões de habitantes, o que correspondia a aproximadamente 12% da população mundial, aproximadamente de 7 bilhões de habitantes. Entre os países mais populosos desse continente, ou de maior número de habitantes são os seguintes: Rússia, Alemanha, França, Reino Unido, Itália, Espanha e Ucrânia, que representavam, em conjunto, mais de 70% da população total da Europa.
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A população europeia encontra-se, mal distribuída em seu território. As áreas mais povoadas ou de maiores densidades demográficas estão localizadas junto aos mais importantes cursos fluviais existentes, como o Rio Reno, que atravessa a Alemanha e a Holanda, e o Rio Pó, no norte da Itália. As áreas menos povoadas ou de menor densidade demográficas estão localizadas na zona glacial desse continente.
A Europa, por ser bastante fragmentada do ponto de vista político, apresenta países com dimensões muito reduzidas, o que colabora para que tenham populações relativas ou densidades demográficas muito elevadas. Nesse caso inclui-se, por exemplo, Malta, o país mais povoado, cuja população relativa supera os 1 200 habitantes por quilômetro quadrado, e a Holanda (Países Baixos), cuja população relativa ultrapassa os 489 habitantes por quilômetro quadrado.
Países mais populosos da Europa | |
País | População (milhares de hab.) |
Rússia* | 141.750 |
Alemanha | 81.702 |
França | 64.876 |
Reino Unido | 62.218 |
Itália | 60.483 |
Espanha | 46.081 |
Ucrânia | 45.870 |
População urbana
Em 2010, o número de habitantes da Europa que viviam na área urbana era de 555 milhões. Isso significa que cerca de 75% da população desse continente vivia, nesse ano, na área urbana.
Entre os aglomerados urbanos existentes na Europa, destacam-se como mais populosos: Moscou (Rússia), com mais de 14 milhões de habitantes, Istambul (Turquia) e Londres (Reino Unido), ambos com mais de 13 milhões de habitantes, e Paris (França), com mais de 11 milhões.
O continente abriga também alguns dos mais importantes centros urbanos, denominados metrópoles mundiais ou cidades globais, em virtude de sua área de influência extrapolar os limites de seu país. Dentre eles estão: Londres (Reino Unido), Paris (França), Frankfurt (Alemanha), Milão (Itália), Madri (Espanha), Bruxelas (Bélgica) e Moscou (Rússia).
Crescimento vegetativo da população europeia
A variação do crescimento vegetativo nos continentes | |||
Continentes | TN (%o) | TM (%«) | CV (%o) |
Europa | 10,5 | 11,5 | -0,10 |
África | 35,3 | 11,1 | 2,42 |
América Anglo-Saxônica | 13,4 | 8,3 | 0,50 |
América Latina | 18,8 | 6,3 | 1,25 |
Ásia | 17,8 | 7,0 | 1,08 |
Oceania | 16,0 | 6,7 | 0,93 |
TN: Taxa de natalidade por mil habitantes; TM: Taxa de mortalidade por mil habitantes; CV: Crescimento vegetativo por mil habitantes; Fonte: U.S. Bureau ofThe Census, International Data Base, 2010.
A Europa apresenta, a taxa de fecundidade mais baixa do mundo. Em 2010, seu valor era de 1,50%o, muito abaixo da taxa de reposição populacional (2,0%o).
Isso faz com que esse continente apresente também a taxa de natalidade mais baixa do mundo. Em 2011, seu valor era de 10,4%, portanto, mais de três vezes menor do que a existente na África, e quase duas vezes menor do que a da Ásia.
A Europa apresenta também uma taxa de mortalidade elevada que era, em 2010, de 11,5%o. Esse valor era maior do que o existente na África, onde essa taxa, no mesmo ano, era da ordem de 11,1 %o.
As taxas de mortalidade relativamente elevadas na Europa são resultado da alta proporção de idosos no total de sua população. Já na África são resultantes das condições de saúde de sua população serem ainda hoje bastante precárias.
A existência, portanto, da taxa de natalidade muito baixa e da taxa de mortalidade muito elevada, na Europa, fez com que, em 2010, o crescimento vegetativo de sua população fosse negativo (-0,10%o), fato que apresenta uma série de implicações no continente, como por exemplo, o envelhecimento de sua população.
A pirâmide etária da população da Europa apresenta uma base relativamente estreita e um ápice relativamente largo, como resultado, respectivamente, da existência nesse continente, de um taxa de natalidade baixa e esperança de vida elevada.
Distribuição do percentual das faixas etárias na Europa | ||
Faixa etária | Europa (%) | Mundo (%) |
0-14 16,4 | 25,3 | |
15-64 | 67,2 | 67,0 |
Mais de 65 | 16,4 | 7,7 |
Média de idade | 39,7 | 28,0 |
Esperança de vida | 74,9 | 65,8 |
Fonte: U.S. Census Bureau, International Data Base. 2011.
O envelhecimento da população europeia
A população europeia, além de diminuir de tamanho, está envelhecendo de forma bastante acentuada. Em 1950, a idade média dessa população era de 30 anos; nos dias atuais já se aproxima dos 40 anos, portanto, de um patamar de idade muito acima da média mundial (28 anos).
A existência de uma proporção bastante elevada de idosos na população da Europa é resultado das taxas de fecundidade e, consequentemente, de natalidade ser muito baixas, e a esperança de vida ser bastante elevada no continente. O envelhecimento da população da Europa é tão acentuado que a proporção do número de crianças de até 14 anos de idade no total de sua população já é inferior, à proporção do número de idosos com mais de 65 anos no total da população.
A estrutura etária da população da Europa nos dias atuais é alvo de preocupação em muitos países do continente, pois além de inviabilizar que haja uma reposição natural da população, também eleva a proporção de inativos, por aposentadoria. Em outras palavras, o envelhecimento da população provoca a diminuição do contingente ativo (contingente populacional em idade produtiva) e, por conseguinte, a elevação dos custos da previdência social em vários países desse continente.
Em alguns deles, a situação é tão grave que seus governos fazem pressão para aumentar o patamar de idade exigido à aposentadoria. Tal fato tem provocado forte reação dos trabalhadores na Europa, especialmente daqueles prestes a alcançar, com base na legislação vigente, o direito de se aposentar.
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